Sobre a mesa novinha de madeira
Ficou uma mancha preta,
De uma vela que deixei queimar até o fim
Fora do pires.
Há meses que ela está ali —
Presença incômoda.
Sei que cabe a mim limpá-la.
Só eu a vejo, só eu convivo com ela,
Só eu sei sobre o que, no entardecer,
Ela me interpela.
Luiza Carvalho
Rio de Janeiro, 12 de abril de 2024
Instagram: @poesiasdeluiza
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